terça-feira, 1 de julho de 2008

Fruta-do-Conde


A fruta-do-conde, também conhecida como pinha, ata, condessa e cabeça-de-negro, é o fruto da Annona squamosa, árvore da família das anonáceas, a mesma dos araticuns. É uma árvore pequena originária das Antilhas, com muitos galhos, que atinge 5 metros de altura. Seu fruto tem de 7 a 10 centímetros de diâmetro. É redondo e muitas vezes coberto de saliências arredondadas. À medida que amadurece, as saliências passam do verde-claro ao verde-pardo-acinzentado. Boa fonte de vitaminas C e do complexo B, importantes no metabolismo das proteínas, carboidratos e gorduras, é aconselhável para incrementar o cardápio com vitaminas e sais minerais., sendo ruim para pessoas que fazem regime de emagrecimento, por ser rica em açúcar, e, consequentemente, muito mais calórica do que a maioria das frutas.
A polpa é formada por gomos com sementes compridas, pretas e lustrosas recobertas por umamassa branca ou creme, doce e quase sem acidez. É macia, granulada, perfumada e saborosa. O fruto-do-conde é uma fruta que contém muito açúcar, portanto não é recomendada a quem faz regime de emagrecimento. Pode ser consumida ao natural ou em forma de sucos, doces ou sorvetes. Para separar a polpa das inúmeras sementes, usa-se o liquidificador, ligando e desligando várias vezes o aparelho para não triturar as sementes.
A planta chegou ao Brasil em 1626, trazida pelo conde de Miranda, que a introduziu na Bahia. Por isso, em grande parte do país é conhecida como fruta-do-conde. O fruto-do-conde se dá bem em clima quente, com pouca chuva e estação seca bem definida. Começa a produzir aos 3 anos. É cultivada do extremo Norte às regiões altas do estado de São Pualo, mas produz nas regiões semi-úmidas, sub-úmidas e semi-áridas do Nordeste. Existe uma variedade sem semente, ainda pouco difundida, chamada de ata-ceará ou pitaguari.
O fruto-do-conde (Annona squamosa) é uma planta da família Annonaceae. Produz um fruto muito semelhante ao da Annona coriacea.
Fruta:pinha
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Magnoliales
Família: Annonaceae
Género: Annona
Espécie: A. squamosa
Nomenclatura binomial: Annona squamosa
Família: AnnonaceaeOrigem e dispersão: A atemoya é intermediária às espécies que lhe deram origem. Produzida por hibridação, na África do Sul e Israel, a atemoya foi introduzida em vários países. Na Flórida, é plantada comercialmente no Sul do Estado.É exportada por Israel e África do Sul, é plantada na Austrália, mas ainda pouco divulgada em outros países. No Brasil, foi introduzida recentemente e já desperta o interesse de alguns produtores, pela sua qualidade, superior à fruta-do-conde.
Clima e solo: A atemoya adapta-se a vários tipos de solo, mas prefere os bem drenados.
Propagação: É indicada a propagação por enxertia, tanto por borbulhia como garfagem, usando como cavalo ela mesma, a fruta-do-conde ou a cherimoya. Annona reticulata (lisa), também pode ser usada.
Variedades: Quanto aos cultivares, os mais conhecidos são Gefner e Page, mas, em São Paulo, o primeiro é mais utilizado junto com African Pride e PR-3. Por isso o seu cultivo exige rigorosos tratos fitossanitários, podas e outros tratos culturais, inclusive o desbaste de frutos.
Utilização: É uma fruta típica de mesa, para consumo ao natural; portanto, a sua aparência é muito importante. Serve também para sorvetes, polpa e suco. Seu valor alimentar é principalmente alto para açúcares, mas o apelo e qualidade desta fruta deve-se ao seu aroma e sabor, dados pelos componentes ácidos orgânicos, lipídios, fenóis e constituintes voláteis, especialmente os ésteres.
Ciclo: novo após cada período de repouso, intensa brotação após queda de folhas.Polinização: dicogamia protogínica, autopolinização praticamente nula, entomofílica.
Colheita: aos 120 dias; variando com a variedade de março a agosto.
Produtividade: média 100 frutos/ano, 6 a 8 caixetas/planta, sadia, de bom crescimento, resistente a pragas e doenças, frio, sol e seca, compatibilidade com porta-enxertos.
Resistência da planta: vigorosa, sadia, de bom crescimento, resistente a pragas e doenças, frio, sol e seca, compatibilidade com porta-enxertos;
Viabilidade do pólen: ser fértil e efetivo;
Flores: numerosas, com aroma atrativo e polinizadores;
Facilidade de cultivo: adaptação a solo e clima, ramos não necessitem muita poda, fácil colheita, fruto mostre o ponto de colheita, sem amolecer;
Época de produção: fora da época normal de colheita de outras cultivares ou espécies da mesma família – oferta durante ano inteiro;

Graviola


A gravioleira (Annona muricata) é originária da América Central, sendo cultivada no Brasil, Colômbia, México, Havaí e algumas regiões da África e Ásia. O peso da graviola varia entre 1,2 a 6,0 kg; composta de 65% de polpa, ela é utilizada na fabricação de sucos, sorvetes, cremes e doces.
A graviola ou pinha na Guiné-Bissau (Annona muricata) é uma planta originária das Antilhas, onde se encontra em estado silvestre. NoBrasil, tornou-se subespontânea na Amazônia, sendo cultivada principalmente nos Estados do Nordeste. Prefere climas úmidos, baixa altitude, e não exige muito em relação a terrenos.
Variedades:Grande parte dos pomares comerciais de gravioleira do Brasil são formados a partir de sementes, entretanto maior produtividade e melhor qualidade são obtidas utilizando-se plantas enxertadas a partir de matrizes selecionadas, principalmente da cultivar Morada.
Clima e solo:A gravioleira desenvolve-se bem em regiões de clima tropical e subtropical, em altitudes inferiores a 1200 m, com precipitação pluviométrica acima de 1200 m, com pouca ou má distribuição de chuvas, recomenda-se utilizar irrigação. Os solos para o cultivo da gravioleira devem ser profundos, bem drenados e com acidez entre 5,5 e 6,5.


Plantio: Deve ser feito em terrenos com altitude abaixo de 1.200m, próximos a estradas, em áreas planas a levemente onduladas. No início da estação chuvosa efetua-se o plantio. Retira-se o fundo do saco, leva-se a muda àcova onde retira-se o resto do saco ao tempo em que se chega terra ao torrão comprimindo-a; a superfície do torrão deve ficar 2cm acima do solo. Prepara-se uma bacia com 10cm de altura a 30 cm do caule e cobre-se com 20cm de palha seca. Irriga-se com 20 litros de água e, em caso de ventos, tutora-se a muda (estaca enterrada ao lado que amarra a muda).


Propagação/Formatação de Mudas: A propagação da gravioleira é feita através de processos assexuados - alporquia, estaquia, cultivo de tecidos e -enxertia (garfagem - o comercial) - e processo sexual via sementes. Para qualquer dos processos a planta matriz - fornecedora de ramos de tecidos, de gemas ou de sementes - deve ser vigorosa, precoce, sadia, e de boa produção. As sementes devem ser obtidas de frutos maduros e sadios e elas devem ser íntegras e vigorosas. Para formação de pomares comerciais utiliza-se mudas tipo enxerto que devem ser obtidas de produtores credenciados por organizações oficiais. Para pomares caseiros pode-se preparar mudas (via sementes) na propriedade rural.